28 de agosto de 2012

As coisas acabam sempre por se resolver por elas...

Lembram-se deste post? Pois é. O dono da escola de música tocou-me à porta um dia destes e pediu-me se podíamos colaborar para mais uns "testes" ao isolamento (qual isolamento?). Claro que acedemos, porque queremos ver este assunto resolvido.

Senhor da escola de música, adiante designado por T.: "Vou tocar aqui qualquer coisa em baixo. Depois diga-me se ouve alguma coisa."

Minutos depois, T. toca à nossa porta.

Eu (do intercomunicador): "Ouviu-se tudo, T."
T.: "A sério? Que estranho. Já fiz mais obras esta semana. Gastei mais 3500€."
Eu: "Quer vir cá acima ouvir?"
T.: "Claro! Obrigado!"

T. subiu, entrou e não se ouvia nada...

Eu: "Tem a certeza que ficou lá alguém a tocar?"
T.: "Está lá a minha namorada, mas não está a tocar nada, eu é que deixei o piano em modo demo..."
Eu: "Se calhar é melhor ligar para ela e pedir que aumente o som ou que toque algo na bateria..."

T. ligou para a namorada e pediu que tocasse qualquer coisa na bateria. Começou-se a ouvir os batuques e o piano num volume muito elevado. T. arregalou os olhos, olhou para mim e encolheu-se.

T.: "Não sei como é que se ouve tão bem aqui, já isolei tudo..."
Eu: "Eu também não sei, mas como vê ouve-se e é incómodo. Não dá para estar em casa sossegada com esta barulheira."
T.: "Tem toda a razão. Fazemos assim, eu agora vou para a escola de música. Ponha qualquer coisa a tocar aqui na sua casa e eu depois digo-lhe se se ouve na escola de música."

Assim foi. Minutos depois T. toca à porta e diz: "Ouve-se tudo também. Não sei como vamos resolver isto."

...

Nem eu. O que é certo é que as sessões de jazz acabaram e eu nunca mais ouvi barulho.

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